quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O Rei do status!!!


Eu tenho estado muito ausente do blog é bem verdade. Sobra-me pouco tempo para está atualizando as notícias aqui. Contudo, tenho estado sempre muito alerta a tudo que acontece e não poderia deixar passar em branco a sensação do momento. Quem?! Quem?!...Ele mesmo, o Rei do Camarote.
Relutei tanto em falar dele aqui no blog, justamente porque acho de uma queimação terrível. Mas, mesmo correndo o risco de ficar carbonizado, pergunto a quem souber: 
Então o Quico cresceu e ficou rico, é isso?! 
Ah, e que estória é essa de que o vídeo é uma brincadeira que o Alexandre Almeida resolveu fazer. Pra que?! Ratificar que podemos tirar uma pessoa da pobreza, nunca a pobreza da pessoa...aaahh...isso já está mais do que manjado. No Brasil tem aos montes exemplos como esse, nem precisava se dá o trabalho.
Invejoso eu?! De jeito algum bebê. 
Sei que existe por parte de alguns o recalque de ver uma ostentação tão...tão... enfim, tão! - brega. Entretanto, o dinheiro é do boy e ele gasta como quiser, na festa que quiser, com a roupa de marca que ele quiser - Que camisa verde xadrez é aquela, Jesus me guarde! -, e com o champanhe que ele quiser, embora ele prefira vodka, ninguém tem nada a ver com isso.
Minha dúvida até agora, é se o vídeo é uma ridicularização irônica por parte da revista Veja ao empresário ou se a revista - a qual não se pode esperar muito - está ridicularizando irônicamente seus leitores. Se ele é um ator, entrou tão bem no personagem de biba deslumbrada e cafona que merece o Oscar - alguém notou a encochada, do bofe, que ele leva por trás..ai, ai!
Cada um escreve o livro, planta uma árvore e tem um filho que pode.
Agora...alguém acreditou mesmo na estória do banheiro do camarote?!

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Infringente

A decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal quanto ao julgamento do mensalão, logo em seu início, foi pela punição. Era uma clara resposta à sociedade, que colocava no poder judiciário as suas esperanças de um Brasil mais coerente e justo. Se os ministros sentiam-se ou não pressionados pela opinião pública, a resposta dada foi a que se esperava. Um julgamento com repercussão internacional e mal dava para acreditar que nomes como Genoíno e José Dirceu seriam presos por crime de corrupção. Agora, surge o embargo infringente, que é mais ou menos o seguinte, todos os ministros chegaram a uma opinião conjunta, mas agora vão reavaliar essa opinião começando do zero, o que resulta em um novo julgamento. Não precisa ser muito esperto para se deduzir onde querem chegar com tudo isso. Cinco ministros votaram a favor do embargo e cinco votaram contra, falta só o voto de um ministro que já sinalizou pelo embargo. A justiça no Brasil se faz de cega, mas na verdade é omissa sem se sentir pressionada pela opinião pública.

domingo, 11 de agosto de 2013

Qual sua opinião?

Então, quem ainda não viu o vídeo aí em baixo:


Um amigo mostrou-me na tarde de ontem e nem havia me dado conta que era algo fresquinho, recém saído do forno. A noite quando fui ler as notícias na internet, não se falava em outra coisa que não fosse o tal vídeo. O vídeo viralizou rapidinho e rolava no facebook, mas não rola mais (??!!) e por enquanto está só no YouTube. Logo que vi o vídeo, comentei com meu amigo que sabia que o Infeliciano não valia muita coisa; que entendia o perigo e horror de sua campanha anti-gay, mas que ainda assim não concordava com o ato. Não, a luta por direitos e o movimento LGBT não ganha novos adeptos quando a arma é fazer descer goela abaixo uma condição que exige muito mais que aceitação, exige respeito e direitos. Contudo, não posso deixar de observar que o Infeliciano pede para passar por situações assim...vexatórias!!! Nem preciso dizer que a comunidade "evanja" está espumando de ódio por terem maculado a paz do "cordeiro". Estão todos querendo a cabeça dos moçoilos que fizeram o showzinho particular no vôo (até engraçado) e as opiniões a favor e contra explodem na net. Pelo menos vale a pena o debate democrático gerado. E você...o que acha?  

domingo, 4 de agosto de 2013

Irreal...será mesmo?!

Sexta-feira minha mãe ligou-me, durante a novela Amor à Vida, para perguntar se existem pais truculento e preconceituoso como o César (Antônio Fagundes) e se chegam ao extremo de perguntar quem é o homem e quem é a mulher numa relação homossexual entre homens. Não estava vendo a novela, mas respondi a minha mãe que infelizmente existem sim pais iguais ao César, e que esse tipo de pergunta é o mínimo, desde que alguns fazem muito pior, como havia lido na reportagem do pecuarista que espancou o filho por ser
gay
. Posteriormente vim assistir ao capítulo e confesso que esperava muito mais da cena entre Felix (Mateus Solano) e César. Não tivemos um diálogo tão profundo entre pai e filho, mas a pergunta do César ao Felix retrata o cerne da mentalidade de um homofóbico, que não consegue entender que em uma relação entre dois homens não existem papeis a serem interpretados, mas uma busca por viver o que se é. Tal pensamento surge de uma ideia heteronormativo e machista, onde o casal é formado por um homem e um mulher, onde o homem é o dominador e a mulher a dominada e subjugada ao prazer do macho. Logo, a preocupação do César era se seu filho era dominado por outro homem, o que para os padrões garanhônicos seria inadmissível. Ao mesmo tempo, nota-se como o enfoque é a relação sexual e não a relação entre pessoas e os laços sentimentais que edificam entre si. Ver o César perguntar ao filho se ele gostaria de mudar, retrata um outro ponto do preconceito, achar que ser homossexual é uma escolha feita, uma opção. Não entendem que trata-se de uma orientação e que não dá pra escolher ser negro quando se é de cor branca.
 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Eita perdi na TV!!!

Há um bom tempo que a televisão tem sido um utensílio quase sem uso em casa. Troco fácil por alguns bons momentos na internet seja conversando com amigos distantes ou próximos, lendo notícias ou assistindo a filmes. Ontem, não foi diferente e enquanto a Rede Globo exibia o capítulo da novela "Amor à Vida" em que a orientação do Felix (Mateus Solano) é devassada para toda a família e em seguida o programa comandado pelo Pedro Bial, Na Moral, debatia sobre a questão do Estado laico, com representantes de religiões e um ateu, eu estava ausente a tudo. 
Já procurei me atualizar e realmente o Mateus Solano parece um buraco negro sugando toda energia (entenda-se atenção) para si, ao mesmo tempo que é muito generoso em cena. Fora o discurso contra homofobia, que pareceu meio didático, o capítulo foi realmente marcante. Os novos tempo já chegaram, até algum tempo atrás cenas como 'a saída na marra de um gay do armário' não eram cogitadas em horário nobre.
Também já procurei ver o debate acalourado promovido pelo Pedro Bial e vi o Malafaia esbravejando e gritando...aafff...causa enfado esse nobre pastor se colocando como pobre e indefeso, a merce do preconceito e injúria de ímpios e infiéis. Eu acredito que quem muito grita é porque não tem confiança dos argumentos que usa. Ao contrario dele os demais debatedores se mostravam mais calmos, talvez porque entenderam que iriam participar do programa Na Moral e não do Ultimate Fight Championship. 
É ontem realmente a TV teve alguns poucos bons momento.    

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Conformismo ou diplomacia?

Nunca achei que deveria sair ao mundo, falando sobre a minha
orientação sexual. Cada um tem a sua e vive ela da melhor forma possível. Meus irmãos nunca tiveram que dizer:
- Gente... Eu queria dizer a vocês que... Eu gosto de mulher!!!
Do mesmo modo achava que não havia motivos pra fazer o mesmo.
- Gente... Eu queria dizer a vocês que... Eu gosto de homens!!!
Embora, deva dizer que o fiz a alguns poucos que não passam dos cinco dedos da mão esquerda (porque sou canhoto) e não vejo que tenha sido por considerá-los mais que outros, muito pelo contrário.
Hoje praticamente todos os meus amigos, e vale dizer que são todos heterossexuais,  sabem. Problemas?! Não, nenhum... Quer dizer...
Vivemos numa sociedade educada a pejorativar o diferente, orientada que relações entre homens ou entre mulheres são erradas, pecaminosas, fora da regra padrão e até põem em risco a saúde pública. Isso ocorre nas piadas infames, nos adágios populares ditos sem pensar, nos pequenos deslizes nossos de cada dia e ate mesmo entre homossexuais (autodepreciação provocada por reflexo condicionado talvez). De repente, não mais do que de repente, tudo se transforma em homofobia e a geração PIF (Pseudo Intelectual Fashion) procura se adequar com depoimentos do tipo: Meu cabeleireiro é gay e gosto muito dele!!!
Quantas e quantas vezes já não senti o desconforto nos olhos de alguns dos meus amigos ao lhes contar sobre relacionamentos meus ou fatos ocorridos comigo.
E como encaro tudo?
Ora, normal.
Não há nada mais normal do que eles se sentirem estranhados.
Relações homossexuais sempre existiram, mas estavam confinadas aos guetos, as marquises escuras, as boates difamadas, a locais marginalizados; feita por pessoas promíscuas, pervertidas e pornográficas cuja única coisa que passa por suas mentes é sexo ou querer ser uma coisa que não são, nem serão, graças a mãe natureza. Nunca no centro, nunca na mídia, nunca sem máscaras no meio da sociedade e que de uma hora para outra, nunca ficou tão exposta, nunca tão clara... Graças a Deus!
Logo, o desconforto gerado é normal. Contudo, ao mesmo tempo em que noto e sou resiliente diante das limitações, estou vigilante para que não ultrapassem a fronteira tênue do desrespeito. Muito mais do que compreensão quero respeito.
Por isso, embora respeite as posições extremadas de alguns amigos gays, eu não posso concordar que processos de igualdade se façam com radicalismos, mas com educação.
O desconforto no olhar de alguns amigos é nítido, mas ao notar procuro agir como se nada estivesse acontecendo, como se estivesse dizendo a coisa mais banal da face da terra (e estou!) e que praticamente nem notei que ficou ruborizado. Acredito que é agindo normal que aos poucos iram notar que minhas relações são tão normais quanto as relações heterossexuais deles. Que o errado, pecaminoso, fora da regra e que põem em risco a saúde pública está tanto nas minhas atitudes quanto nas atitudes deles. Esta tanto na minha orientação, como na orientação deles. Minha orientação não é uma arma para ferir ninguém, é uma forma que tenho para viver e me relacionar com o mundo que vivo da melhor forma possível.
Se o desconforto existe, não posso deixar de perceber o respeito, o carinho e a necessidade de proximidade que vem deles... Onde mora o preconceito nesse caso?!

E penso cá com meus botões: Conformista ou diplomata?!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

#vaiprasruas

Ontem estive na passeata que reuniu os 50 mil (ou foi 100 mil?!) manifestantes e tomou conta do principal corredor da cidade do Recife, a avenida Conde da Boa Vista. Acompanhei desde a concentração e não imaginava que Recife fosse atender o chamado das redes sociais reunindo um número tão grande de pessoas. Como em outros movimentos, que vem ocorrendo pelo Brasil, a pauta que aparecia nos cartazes era vasta. Dos contrários a PEC 37, àqueles que exigiam melhores condições de saúde e educação e seguia até aos contrários ao projeto de cura gay aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, semana passada. Pude ver vários momentos onde no meio do movimento aparecia algum "donzelo" (assim era chamado pelos manifestantes aos gritos) que soltavam bombas ou tentava pichar os muros e eram constrangidos pelos manifestantes a não fazê-lo. Fui até a apoteose da passeata, o Marco Zero, no Recife Antigo, onde já sentindo as pernas aos frangalhos eu e uma amiga nós dispersamos do movimento. 
Alguns fatos foram realmente interessantes e  muitas vezes me colocavam a refletir durante a passeata. Em dado momento um jovem começou a gritar "Dilma vai toma no...; fora Dilma!!!" e enquanto alguns outros se valiam da emoção do momento e repetiam eufóricos, um outro grupo vaiava o que silenciou os eufóricos. Afinal, queremos que Dilma deixe a presidência? Então as pessoas querem que o Michel Temer assuma? ou será que estamos nessa luta, para tirar Dilma e colocar o Renan Calheiros (estou tomando por base a lógica dos possíveis sucessores). Eu na minha cabeça, nem tão politizada assim, consigo entender tais clamores e confesso que eles não me representam. Conversando com minha amiga, eu dizia ser extremismo, enquanto ela afirmava: Não, isso não é extremismo, isso é jogo político é proposital!!! 
Em outro momento pude observar alguns manifestantes com os rostos cobertos. Vivemos num país democrático, o ato era democrático. Não vivemos mais num 1964 onde o "cale-se" era a lei, pelo contrário. Então por que  esconder o rosto? Como disse minha amiga "para mim, boa intenção não tem."
O ato em Recife foi memorável, para ficar na história. Mesmo que muitos nem façam ideia do que representou politicamente sua participação naquela passeata, as consequências é uma classe política anestesiada, assustada feito formigueiro ameaçado sem saber o que fazer. 
Que venha os próximos capítulos dessa aula prática de história.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

CDH e a cura gay

Estamos muito bem servidos de representantes no que concerne a presidência de Comissões de Direitos Humanos (CDH). Não bastasse "aquele" lá em Brasília, em Recife/PE quem assumiu a presidência da CDH da Câmara dos Deputados foi a missionária Michelle Collins. A deputada, pertencente ao segmento evangélico, a alguns dias fez um fervoroso discurso, na Câmara, onde criticou a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de obrigar os cartórios do Brasil a aceitarem celebrar casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e defendeu a submissão da mulher. Para a deputada "O homem está sim acima da mulher". 
Por falar em CDH, ontem foi aprovada na CDH da Câmara em Brasília o projeto de cura gay, que permite que psicólogos curem pacientes gays. Trata-se de um retrocesso desde que coloca a homossexualidade como doença. Desde 1990 a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais. O projeto ainda terá que passar pela Comissão de Seguridade Social e pela Comissão de Constituição e Justiça, para então ser votada no plenário da Câmara e passar pela caneta da Dilma. Até lá é bom ficar de olho, desde que  "aquele" lá da CDH, ameaçou uma rebelião caso o governo interferisse no andamento do projeto. Eu acho que ele não tem assistido o noticiário pra saber o que é rebelião.
O que me causa mais espanto é que enquanto a população brasileira se levanta de suas poltronas, sai da frente da TV e vai pra ruas protestar contra todo esse sistema político imundo. Enquanto centenas de brasileiros luta nas ruas por uma equidade social. Meia dúzias de deputados evangélicos (FDP!!!) estão votando leis para definir se homossexualidade é doença ou não. Sinceramente, vamos ser enrustido, mas isso é o cúmulo da bicha psicótica e noiada...   

segunda-feira, 17 de junho de 2013


Eu tenho observado essa movimentação desde a semana passada, quando alguns manifestantes protestaram contra o aumento das passagens de ônibus em São Paulo e onde numa atuação truculenta da polícia, o governo terminou dando um tiro no próprio pé. De lá para cá, as  manifestações foram se alastraram país afora.
Eu estava meio reticente em escrever algo sobre o assunto para o nosso blog, porque queria entender melhor o que existia por trás dos vinte centavos. O que estava levando  a movimentos acalorados que arrebatavam um número tão grande de pessoas às ruas. Até que assistindo o noticiário hoje a tarde, num canal fechado, entendi alguns pontos. 
Primeiro, é preciso dizer que vinte centavos foi e é um dos motivos para as manifestações, desde que faz diferença no bolso de um trabalhador que recebe um salário mínimo de 678 reais. Entretanto, o motivo para essas manifestações vai muito além dos vinte centavos, como algumas agências  de notícias tem colocado. 
Há um conhecido ditado que diz: a gente engole um elefante e se engasga com um mosquito. Nesse caso, o mosquito foi os vinte centavos que ficou entalado, surgindo uma necessidade enorme de por para fora todo nosso inconformismo. Logo, os manifestos são também para criticar o sistema público de saúde que não funciona e que o governo insiste em deixar na mão do serviço privado; de criticar o sistema educacional que desmerece o papel do professor e forma alunos que chegam no último ano do ensino fundamental sem saber escrever o próprio nome; de criticar um sistema de segurança que amedronta e deixa a todos inseguros diante de uma polícia despreparada, logo um serviço público inepto o qual os governos fazem questão de não fazer nada para melhorá-los. De criticar uma classe política corrupta, que debocha da cara do povo com emendas constitucionais como a PEC 37; de criticar contra a FIFA que acha que nosso país é a casa da mãe Joana e pode mandar e desmandar; de criticar os gastos públicos (eu falei PÚBLICOS – dinheiro do seu trabalho na forma de impostos!!!) para a preparação de uma copa que deverá deixar um rombo sem precedentes nos cofres públicos, com estádios que custaram 600 milhões (a Arena Pernambuco por exemplo). Observa, os 'vinte centavos' se diluiu diante dos gigantes elefantes os quais a população vem engolindo a um bom tempo e acredito que tá passando da hora de  vomitar todos eles.
Só não sou de acordo com os atos de vandalismo e violência que alguns manifestantes insistem em deixar durante alguns protestos. Atos de baderna só pejorativam e desacreditam o movimento. A violência não é um caminho producente que legitime os manifestos. Ao mesmo tempo, é preciso diferenciar no meio dos que lutam por mudanças, àqueles que apenas se aproveitam, acreditando que a rebeldia violenta e sem noção poderá nos levar à mudanças concretas e de perceber que nunca tivemos um exemplo de polícia bem preparada e que alguns representantes desta classe apenas sabem cumprir ordens daqueles que nos enfiam elefantes goela a dentro.
Pra terminar, por hora, lembro que li algo que reflete bem o momento que se instala no país e que fala mais ou menos assim: O Brasil alterou seu status de “Deitado eternamente em berço esplêndido” para “Verás que um filho teu não foge à luta”.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Sigam-me os bons!!



Não dá mais para voltar atrás...
O trem já saiu da estação há muito tempo e atualmente nem de longe se parece com a Maria Fumaça tímida de ontem, compara-se mais a um trem bala.
São inquestionáveis os avanços que a causa LGBT tem conseguido nos últimos tempos. As vésperas do Dia Internacional de Combate à Homofobia o CNJ decidiu pela obrigatoriedade dos cartórios brasileiros em realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. A causa vive de ganhos e perdas em muitas batalhas, mas a guerra ainda não está vencida. E é fácil observar isso quando vemos jovens que encontram pelos caminhos do suicídio a melhor forma de por fim a um dilema psicológico imprimido por uma sociedade atávica. Quando nós deparamos com mortes bárbaras de homossexuais; quando presenciamos seres psicologicamente mal resolvidos com sua sexualidade, que se acham no direito de utilizar de violência contra jovens muitíssimos bem resolvidos; quando vemos que para o governo somos um tsunami que cresce a olhos vistos, mas que tem seus direitos vilipendiados ou empurrados com a barriga; quando vemos um grupo de deputados que sem razão de ser, camufla seu ódio sob o dogma da fé e desembainham a espada contra cidadãos que apenas querem o direito de ser feliz da maneira que acreditam. A guerra ainda está longe de ser vencida.
Entretanto, a causa LGBT nunca foi tão fortemente defendida e nunca ganhou tanta voz e vez.  Defender a causa não é mais algo degradante ou que coloque a imagem em risco, pelo contrário, defensores da causa LGBT sejam eles homo ou heterossexuais tem ganhado extensa visibilidade pela mídia. Um bom exemplo foi o caso do Feliciano, cuja reação da sociedade mostrou que homofobia é algo que deve ficar no século passado.
Hoje é dia de comemorar, mas de termos consciência de que a luta por respeito só está começando.

domingo, 28 de abril de 2013

...eu sou um pecador!


No post anterior eu mostrei sobre as consequências das declarações do Pe. Beto. Aqui está o vídeo com suas coerentes declarações. O bom é saber que o Pe. Beto não está só, existem tantos outros religiosos sejam católicos ou evangélicos que da mesma forma conseguem enxergar a fé sem está camuflada de ignorância e preconceito.

Se refletir é um pecado...


Não estava sabendo sobre o furdunço que as declarações do Pe. Beto de Bauru estavam provocando nas redes sociais. Não foi difícil fazer uma review sobre o assunto e por fim dá de cara com essa postagem no facebook do agora ex-padre. As opiniões do Pe. Beto dividiu os fieis entre aqueles que ferozmente lhe recriminam e os que lhe apoiam. Não tenho muito o que falar, as declarações do Pe. Beto já falam o suficientre. Sua posição em se manter integro as suas ideias me faz lembrar de um outro pensador que disse:


"Fé inabalável só é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade."
Allan Kardec



sábado, 6 de abril de 2013

"Sensação de liberdade, sensação de dignidade!"


Assisti hoje, a esse vídeo da Daniela, entre um sorriso nos lábios e uma baba que corria desavisada da boca. É lindo ver a Daniela falar sobre o orgulho e a dignidade de ser livre. De ter a coragem de pode simplesmente ser. Ao mesmo tempo fico estupefato como algo tão simples e tão banal (o amor entre duas pessoas) pode tomar uma proporção política e se agigantar de forma a falar em favor de um movimento que não exige nada mais, nada menos que igualdade. Para mim não importa os motivos desse "dar a cara pra bater". O que importa mesmo é que é mais um ponto a divisar um novo momento dentro dos costumes e da politica.  

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Que a força esteja com vocês!!


Sabe algo muito bom que aconteceu depois que o Marcos Feliciano assumiu a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)?
A Separação do joio do trigo.
O Feliciano com suas declarações homofóbicas, racista e machista - manipuladas ou não – levaram a uma movimentação que a muito não se via dentro do cenário político e social do País. A indicação do Marcos Feliciano para o CDHM, diga-se de passagem, comissão até alguns dias inexpressiva, pode ser considerado um divisor de águas dentro da luta por direitos igualitários do movimento LGBT. Foi um tiro que saiu pela culatra, como se diz.
O ataque com lâmpada fluorescente a jovens gays na Av. Paulista há alguns anos, indignou, mas não fez o rebuliço que o Feliciano conseguiu fazer. A sociedade foi as ruas protestar, fez melhor, foi e tem ido ao Congresso cobrar a renúncia do dito. A classe artística iniciou uma beijação em sinal de protesto e declarações de indignação. Um verdadeiro racha se fez. Ser homofóbico ganhou um cunho tão mais pejorativo. 
Vejamos a pobre Joelma, que hora mais infeliz para falar sobre conversão de homossexuais e comparar a dificuldade para deixar de ser gay com a dependência química. Onde está o assessor de impressa dessa senhora que não proibiu essas sandices? Oh ninha, agora o leite tá derramado... sem patrocínio para filme, o maridão com depressão e a revolta de artistas e fãs que assim como contra o Feliciano, botaram a boca no mundo.
Ai vem a Daniela Mercury e dá um tapa sem mão, com seu casamento com a jornalista Malu Verçosa. Faço minhas as palavras da Ivete Sangalo... "um luxo!!!"
Nota como uma ação, traz como resposta uma reação com maior força e peso em favor do movimento?  
Eu concordo plenamente que o Feliciano foi infeliz em suas declarações e teve o azar de ter sido escolhido o bode expiatório, para tirar o foco de outras comissões tão importantes quanto a CDHM e que estão nas mãos de representantes tão mais equivocados que ele. Vejamos por exemplo, o caso do Blairo Maggi, um dos maiores produtores de soja do País, faz parte da bancada ruralista no Congresso e assumiu a presidência da Comissão de Meio Ambiente do Senado. Alguém acredita que ele representa os interesses dos ambientalistas?!
O Feliciano só cutucou o vespeiro e foi muito mais feliz que o Malafaia, Bolsonaro e toda uma corja juntos, porque ele cutucou o vespeiro e viu o tamanho das vespas e o poder que elas têm. É bem verdade que o Feliciano continua a frente da comissão e não vejo ainda o fim dessa luta, mas vejo que o caso tem levado a uma mudança de comportamento e de conceitos.  Melhor, expandiu um debate já existente, agora mais amplo e bem mais forte.