domingo, 8 de maio de 2011

O lado quente do ser

Ontem (08/05) estreou no Teatro Hemílio Borba Filho a quarta montagem do Coletivo Angu de Teatro, "Essa febre que não passa".  O espetáculo é uma adaptação para os palcos dos contos da escritora e jornalista Luce Pereira. Acabei de chegar do teatro e o que vi foi uma peça que sem muita pretenção de abarcar todo o universo feminino, busca retratar esse pulsante, tocante, suave e irônico jeito de ser mulher. Dos 17 contos que compõem o livro homônimo, o Coletivo escolheu cinco para encenar: Clóvis, Nomes, Talvez já fosse tarde (com destaque para Marcia Cruz que encarna a velha Bernada), Um tango com Frida Kahlo e Dora descompassada. Entre eles há breves depoimentos criados pelas próprias atrizes, sobre suas vidas pessoais. Além das atrizes Ceronha Pontes, Hermila Guedes, Hilda Torres, Márcia Cruz, Mayra Waquim e Nínive Caldas, está em cena a violoncelista Josi Guimarães. Achei o cenário um espetáculo a parte. Cortinas compõem o cenário e talvez não seja por acaso, mas simbolize uma característica feminina de revelar e esconder e assim entre um descortinar e outro essas mulheres contam suas histórias.   No início da peça as atrizes parecem ninfas despindo-se ou recompondo-se, passando uma atmosfera naturalmente feminina e esteticamente de muito bom gosto. Certamente verei a peça novamente, buscando enxergar outros detalhes. Depois de ver o espetáculo, uma música de Bethânia me veio na cabeça... "Eu gosto de ser mulher. Sonhar arder de amor. Desde que sou uma menina ... Eu gosto de ser mulher. Que mostra mais o que sente. O lado quente do ser ..."
Se eu recomendo?!
É logico que sim, recomendadíssimo.

Essa febre que não passa, do Coletivo Angu de Teatro
Temporada aos sábados, às 21h e domingos, às 20h
Teatro Hermilo Borba Filho (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)

Fonte: http://www.satisfeitayolanda.com.br/blog/tag/essa-febre-que-nao-passa/

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