segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Foi só por 20 centavos!!!

Essas eleições deixou um recado bem claro, o "gigante" nunca acordou. Pelo contrário, ele dorme a ronco solto. Sabe quando você está na expectativa de que uma situação almejada finalmente aconteça e...nada! É, nada acontece!
Alguém consegue lembrar o que aconteceu em junho do ano passado?
Milhares de pessoas nas ruas gritando "o gigante acordou!!!", "vem pra rua!!!". Cartazes e gritos de ordem, pedindo mais investimentos em saúde e educação (padrão FIFA), moralidade na política, contra a corrupção. Em Recife tivemos cem mil pessoas nas ruas, sem contar nos outros grande centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília onde os protestos foram muito mais eloquentes. Uma presidente Dilma completamente perdida e atônita, sem saber como lidar com uma situação que ameaçava sair do controle. 
Chegamos então no momento máximo, a hora de votar, onde a população tem a chance de enfim fazer sua justiça, mostrar que aquele grito ainda ecoava forte e...brochada!!! Afinal toda aquela euforia pode apenas ser explicada como um carnaval fora de época?!  
Como explicar que Marcos Feliciano (um dos pivôres dos protestos do ano passado), Jair Bolsonaro e Fernando Collor tiveram votações expressivas e foram re-eleitos. Paulo Maluf tem votação suficiente para se eleger, caso consiga reverter na justiça o indeferimento de sua candidatura. Pra melhorar, mais uma vez as eleições presidenciais se polarizam entre PT e PSDB, um sujo pra falar de um mal lavado.
E o gigante acordou?! Desculpa, mas foi só por 0,20 centavos mesmo!!!
Por outro lado, é bom saber que Jean Wyllys foi um dos deputados mais votados; que a Luciana Genro sai das eleições como uma expressiva e influente líder política; porque não falar do Romário que tem feito um bom trabalho pelo Rio de Janeiro e também teve uma boa votação, além de outros tantos bons exemplos que conseguiram ser eleitos e irão contrabalançar, com essa corja.
Vão me desculpando o clichê, mas fica a dica dada por Elis Regina, quando dizia: minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais. 

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