foi mais profundo ao encontrar as verdades não ditas.
Foi mais inteiro ao contar que sabia o que eu omitia e o que não queria esconder.
Foi mais insano.
Pegou-me com vontade,
rasgou-me a máscara,
me violentou a rotina.
Seu olhar não apenas me olhou,
foi mais pornográfico.
Deitou-se na relva do paraíso que encontrou,
tomou do vinho que os deuses lhe ofertaram,
me pós a mostra o que eu cobiçava ter.
Seu olhar não apenas cruzou o meu,
foi mais infame.
Fez-me observar o medo de ser.
A incompatibilidade do ter.
A hora que chega.
Foi mais displicente.
Não sabia o que tinha provocado, quantos vulcões tinha despertado.
Seu olhar não apenas me olhou,
me mostrou que é hora de ser mais profundo,
mais infame, mais insano, mais inteiro,
mais pornográfico, mais displicente.
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