terça-feira, 12 de julho de 2011

A um segundo atrás

Sabe qual é o mal? É acha que na vida tudo é estável. É acostumar-se com a rotina do dia a dia e achar que tudo está como deve ser e que nada vai mudar. Grande engano. Nada está como deve está e tudo pode mudar de uma hora pra outra. De repente sua vida pode dá um spin de um minuto e tudo não ser mais como a um segundo atrás. Até poucos dias atrás estava tudo tranquilo, a rotina não dava sinal de mudanças extremas. De uma hora pra outra todo cenário mudou. Estou com uma viagem de três meses para os U.S.A na agulha, onde irei resolver experimentos do doutorado. Isso gerou um desconforto, um dilema com Ragazzo. Acho bonitinho estórias de amor, onde o mocinho é obrigado por força do destino a se afastar do seu grande amor. É emocionante ver o casal que vive naquele elâm de um romance ameaçado e que no final tudo se resolve de maneira inesperada ou mesmo previsível. Na vida real, não há nada bonitinho, nem emocionante. Depois que contei pra Ragazzo sobre a viagem, temos vivido momentos terríveis só de imaginar não termos um ao outro nos próximos três meses. Pior, já fico imaginando o pior. De está longe e ele movido pela distancia e pela conseqüente ausência, achar que tudo foi um sonho bonito, mas que é hora de acordar. Inseguro? Prazer esse é meu atual sobrenome. Não moramos juntos, mas nos vemos todos os dias. Todos  os dias são SMS’s, ligações e a presença seja com cara bonita ou cara feia, cansado ou hiper-mega-disposto. Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, lá estamos nos juntos. Não moramos juntos, mas considero, porque não dizer, casados. Ele é meu companheiro, meu marido, meu grande amor. E a previsão de um hiato entre nos, tem doido de forma sobrenatural.
Hiato. Sim, porque nos meus anseios mais otimistas será apenas um hiato.
Devo viajar em outubro e até lá tenho certeza que esse spin deverá bagunçar ainda mais minha vida. 

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