O caso da Fernanda Mateus, morta estupidamente por dois adolescentes, um de 15 e outro de 17 anos, na última terça-feira (12) na estrada de Aldeia, região metropolitana do Recife, levanta-me inúmeras questões.
O assassinato da Fernanda soma-se ao fato ocorrido na escola em Realengo no Rio de Janeiro para fazer coro a questão do desarmamento. Dois episódios onde a fácil aquisição de armas levou ao fim de vidas cheias de planos. É uma falácia imaginar que se os bandidos estão armados precisamos tbm está armados para nos defender. Isso é propaganda enganosa da indústria bélica. Violência só gera violência. No caso Fernanda, o cara da granja que teve as armas furtadas, acredito que mal usava-as e se tivesse que fazer uso delas, usaria para dar um susto em algum marginal, nunca para matar alguém. Os dois jovens, principalmente o que atirou, não pensou nem uma vez em mostrar pra Fernanda que na arma tinha munição qndo ela duvidou ao dizer que o tambor estava sem bala. Uma arma em mãos erradas só estimula uma falsa coragem em mãos covardes, que pode custar uma vida, um sonho e uma familia destroçada pela dor. Não sou ingênuo de crer que o desarmamento irá por fim a violência. Contudo, muito das armas que alimenta a criminalidade vem do comércio legal de armas.
Qndo soube das idades dos jovens, lembrei do assalto que sofri a alguns anos atrás em um ônibus. Na época um jovem de pouco mais de 15 anos entrou portando uma arma e aos berros fazia ameaças. Lembro bem qndo ele me apontou a arma e perguntou o q tinha na minha bolsa e ao ver apenas cadernos e canetas desistiu. Ele viu apenas canetas e cadernos, eu vi no rosto dele, medo e uma expressão de quem não tinha nada a perder. O assalto me causou certo pavor, mas ver um garoto de 15 anos segurando uma arma, levou-me a questionar muito mais.
O assassinato da Fernanda soma-se ao fato ocorrido na escola em Realengo no Rio de Janeiro para fazer coro a questão do desarmamento. Dois episódios onde a fácil aquisição de armas levou ao fim de vidas cheias de planos. É uma falácia imaginar que se os bandidos estão armados precisamos tbm está armados para nos defender. Isso é propaganda enganosa da indústria bélica. Violência só gera violência. No caso Fernanda, o cara da granja que teve as armas furtadas, acredito que mal usava-as e se tivesse que fazer uso delas, usaria para dar um susto em algum marginal, nunca para matar alguém. Os dois jovens, principalmente o que atirou, não pensou nem uma vez em mostrar pra Fernanda que na arma tinha munição qndo ela duvidou ao dizer que o tambor estava sem bala. Uma arma em mãos erradas só estimula uma falsa coragem em mãos covardes, que pode custar uma vida, um sonho e uma familia destroçada pela dor. Não sou ingênuo de crer que o desarmamento irá por fim a violência. Contudo, muito das armas que alimenta a criminalidade vem do comércio legal de armas.
Qndo soube das idades dos jovens, lembrei do assalto que sofri a alguns anos atrás em um ônibus. Na época um jovem de pouco mais de 15 anos entrou portando uma arma e aos berros fazia ameaças. Lembro bem qndo ele me apontou a arma e perguntou o q tinha na minha bolsa e ao ver apenas cadernos e canetas desistiu. Ele viu apenas canetas e cadernos, eu vi no rosto dele, medo e uma expressão de quem não tinha nada a perder. O assalto me causou certo pavor, mas ver um garoto de 15 anos segurando uma arma, levou-me a questionar muito mais.
Vivemos uma aceitação passiva da negligência do dever das instituições do Estado com relação a segurança e a educação e um desrespeito à noção de cidadania, fruto dessa negligência. Talvez se discuta, junto com a questão do desarmamento, a maioridade penal. Entretanto, acredito que antes de estipular limites para responsabilizar culpados para crimes como o da Fernanda, é preciso estipular medidas que possam transformar a vida de muitos jovens, abandonados pelo poder público.
Ambos os jovens no caso Fernanda não souberam precisar quem havia efetuado o disparo. Segundo eles, haviam feito uso de drogas. Depois do latrocínio, eles venderam os celulares, segundo eles para comprar comida. É tamanho absurdo a relação que se estabelece no fato. Como estabelecer padrões éticos e morais pra quem só conhece a lei da sobrevivência? Para quem tão cedo conhece a violência do vício? Ao mesmo tempo como admitir que um vida possa ser usurpada dessa maneira?
Uma mudança profunda de conceitos se faz necessária.
Ambos os jovens no caso Fernanda não souberam precisar quem havia efetuado o disparo. Segundo eles, haviam feito uso de drogas. Depois do latrocínio, eles venderam os celulares, segundo eles para comprar comida. É tamanho absurdo a relação que se estabelece no fato. Como estabelecer padrões éticos e morais pra quem só conhece a lei da sobrevivência? Para quem tão cedo conhece a violência do vício? Ao mesmo tempo como admitir que um vida possa ser usurpada dessa maneira?
Uma mudança profunda de conceitos se faz necessária.
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