terça-feira, 29 de maio de 2012

Shame

Neste último final de semana, fui assistir Shame. Tinha ouvido tantas boas críticas sobre o filme que lógico fiz questão de conferir se era tudo aquilo mesmo. Até comentários os mais variados sobre o "dote" do ator Michael Fassbender me deixou curioso. Saí da sala de exibição sem ter um conceito formado sobre o filme, excerto que chega a ser quase enfadonho, de tão lento. Entretanto, não poderia ser de outra maneira. Não se trata de nenhum filme de ação, mas de um processo psicopatológico do personagem, que piora quando ele ver sua privacidade invadida por sua irmã. Shame segue num crescente do desespero e agonia de Brandon (Michael Fassbender) de procurar suprir algo que não é preenchido dentro de si, e por isso mesmo se embrenha numa busca por mais e mais sexo. O cara para satisfazer seus desejos pornográficos apela para todo lado, homem e mulher. Interessante que essa satisfação pornográfica fica bem clara no filme, desde que é visível sua inabilidade com questões mais profundas como relação a dois. O filme possui enquadramentos lindos, alguns diálogos muito bons. Não sei muito bem explicar, mas achei o filme como se preso a uma linha ou forma que o deixou meio inflexível e talvez por isso mesmo o filme é seco, frio e cru. Contudo, posso concluir tratar-se de um bom filme, caso contrário não estaria a lembrar do filme e de ficar associando como certas cenas explicam outras cenas e assim por diante, até agora. Ah e quanto ao "dote" do Michael Fassbender, nem dá pra ver direito, embora as cenas de nu frontal e do close de câmera.

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