quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Crazy

Ontem assisti pela terceira vez Crazy e acho que devo assistir mais umas duas vezes. O Ragazzo ainda não havia visto e levei para casa dele para assistirmos juntos. Incrível como o filme pareceu-me ainda mais bonito. Pude me ver na figura infantil do Zac em quase todos os momentos do xixi na cama, nas orações à Papai do céu para não ser um "marica", na figura machista orgulhosa do pai e na super proteção da mãe. Ao ver as dúvidas e a não aceitação do Zac já na adolescência, lembrei de um trecho de um poeminha que gostava muito no início de minha adolescência e cuja autoria é desconhecida para mim, mas que dizia assim: 
Comigo me desavim.
Sou posto a todo perigo.
Não posso ficar comigo,
nem posso fugir de mim. 
Ontem, pela primeira vez, meus olhos marejaram, mas me contive. O filme na telinha LED do netbook do Ragazo se cruzava com o filme que se passava na minha tele mental. Tenho certeza que não sou o único a me identificar tão fortemente com a estória do Zac e sua família. Com certeza, estórias bem mais dificeis, processos psicológicos bem mais complexos se processam aos montes e encontram identificação com algum momento ou estória do filme, por algo que poderia ser menos complicado. Não digo fácil desde que o processo de aceitar a propria orientação sexual é complicado, mas poderia ser menos traumático se valores social atávicos não influencia-se tanto. Bom, mas isso é debate para outro momento.
O filme não é novo, Crazy é de 2005. Caso não tenha visto ainda, procura que vc encontra fácil, fácil. Vale a pena!  

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