sábado, 16 de outubro de 2010

De volta a superfície

Não tive muito tempo de parar para assistir o resgate dos mineiros chilenos, mas fiquei muitíssimo feliz e porque não dizer emocionado de saber que todos os 33 mineiros foram salvos. Apenas assisti o teste com a cápsula Fênix e acho que mais nada. A jornada de resgate começou às 23h08 de terça-feira, no momento em que o paramédico Manuel González entrou na cápsula Fênix e desceu 622 metros, até encontrar os mineiros no refúgio onde ficaram presos desde 5 de agosto. Havia postado aqui antes algo sobre o assunto e que me causava fobia só de pensar está preso 700 metros debaixo da terra. O resgate que estava previsto pra ocorrer próximo do natal, aconteceu bem antes. O Presidente Sebástian Piñera, que acompanhou toda a operação de perto, fez um discurso exaltando a união dos chilenos em dois momentos difíceis que enfrentaram em 2010: o terremoto seguido de tsunami em fevereiro e o acidente na mina San José. Piñera também chamou a atenção para o fato de que o primeiro mineiro deixou a jazida no dia 13/10/10. Os três números juntos somam 33, o “número mágico” da mina San José: 33 mineiros; 33 caracteres no bilhete que mandaram à superfície (“estamos bien en lo refugio los 33”); e 33 dias de perfuração. Conforme eram resgatados, os mineiros eram levados de helicóptero, em grupos de três ou quatro, ao hospital de Copiapó, onde a população os recebia com festa. Segundo o Ministro da Saúde, Jaime Mañalich, todos os trabalhadores estão bem: apenas um deles tem pneumonia e outros dois, problemas dentários. Gostei do pronuciamento de um dos mineiros que disse  esperar que o acidente provoque “mudanças profundas” nas condições de trabalho dos mineradores  e para que a opinião pública não trate os trabalhadores da mina San José como artistas. “Quero que continuem me tratando como trabalhador, como mineiro”.

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