domingo, 11 de setembro de 2011

Unbelievable

Então, há dez anos atrás acreditava que guerra era só no Oriente médio. Que lá sim, bombas explodiam e pessoas morriam e que aquela era a parte do planeta feito para as guerras acontecerem. Embora em alguns outros países da Europa atacados terroristas também ocorressem. 
Os E.U.A? 
Ah, o pais dos sonhos. A potência econômica mundial. Sempre prontos pra proteger a todos e sempre intocavelmente seguro. 
Acabava de chegar em casa, era perto de 11hs da manhã. Já havia dado um abraço no meu irmão que faz aniversário no dia 11 e alguém diz: Já visse o que está acontecendo em nova iorque? Liguei a TV e me deparei com uma das cenas mais incríveis já vistas. Sentado em frente a TV lembro que chorei e indignado lembro não crer no que via.
Senti um silêncio no mundo.   
Dez anos depois, os E.U.A já não é tão dos sonhos assim, já não é tão potencia econômica qnto antes e seguro nenhuma parte do mundo é mais. Aquele dia mudou muitos conceitos sobre o mundo.

Philip Glass e Tim Fain


Fui com o Ragazzo ontem ver uma das grandes estrelas da 8ª edição da MIMO deste ano, Philip Glass. Já havia postado aqui antes, dando a dica. Não foi muita surpresa ver tanta gente lutando por um ingresso. Chegamos cedo e passamos duas horas numa fila pra pegar ingresso e depois mais duas pra pode pegar um bom lugar dentro da Igreja da Sé. Depois desse domingo na fila, fui realmente recompensado por um fabuloso show do Philip Glass. Além de cumprir o programa do concerto, ainda presentou o publico com alguns brindes surpresas (nem tão surpresa assim). Como convidado o Philip trouxe o violinista Tim Fain. E esta com certeza foi a grata surpresa da noite para mim. O violinista californiano deixou a noite de sábado ainda mais fabulosa. Além de gatíssimo, ele toca muito bem. Achei esse vídeo do Tim. Olha só o que cara aprontou ontem a noite.

sábado, 10 de setembro de 2011

...alguma fenix corajosa

Medo.
Eu descobri.
É medo... ou melhor, é "o medo".
O medo de ver que tudo está sofrendo grandes transformações. Que nada está mais como antes e que o processo de transformação já começou faz um tempo e que eu sou a próxima vitima a entrar no olho do furacão. Que de onde estou, tento me protejer para que nada seja tão duro. Tão duro qnto já está sendo.
É o medo, de ver que pessoas vão embora de sua vida, sem que realmente saiam ou digam adeus. Que outras pessoas tbm por medo, preferem partir por não saber lidar com o medo, do meu medo do furacão. É ver que o tempo passou e que não é mais possível viver na mesma rotina de ontem. Que esse furacão está engolindo todos hábitos, todas as rotinas, todos os conceitos e como um liquidificador, tornando tudo pastoso demais pra ser vivido concretamente. Logo só restarão as lembraças de um hábito, de uma rotina e de alguns poucos conceitos.
É o medo de notar-se sendo encasulado, que fugir é bobagem, que a natureza é implacável e o tempo é desumanamente imperdoável. Que toda essa asfixia, de ser encasulado, embora, saiba que dará espaço a litros de oxigênio que entraram pulmão a dentro, permitindo-me um vôo alto e eterno, causa-me profundo pesar por deixar de ser largata, por me ver sozinho e ter que contar comigo.
Eu sei. A natureza é implacável e não fujo a regra dos que dela são originados. Tbm eu, deverei passar pelo processo doloroso e angustiante das transformações.
Eu sei. O tempo é desumanamente imperdoável. Q bobagem, o tempo nem é alguma coisa humana. O tempo é só o senhor das horas e amigo dileto da natureza. E que eu, não estou fora dos paralelos do tempo, mas inserido até a última célula e está até o último telômero empregnado de tempo.
Embora o medo seja parte ontogênica de mim, abro o peito ao furacão e numa coragem tímida e cheia de medo, vendo-me joguete de conflitos humanos, jogo-me num salto. Que tudo se transforme em pó, em cinzas, em alguma fenix corajosa e saudades...
Eu descobri.
Vida.
É vida... ou melhor, é "a vida".

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Que MIMO!

Há um bom tempo não faço post de propagandas de eventos ou festas que irão rolar na cidade. Entretanto, vou abrir uma exceção e avisar que desde ontem tá acontecendo em Recife, Olinda e João Pessoa a 8ª edição do MIMO. Lembro tbm que essa edição vai só até domingo (11) e que tá rolando muita coisa boa. Uma delas tocará proximo dia 10, o Philip Glass. Embora já tivesse escutado sua obra em alguns filmes como As Horas, O Show de Truman e mais recentemente, Nosso Lar, só vim dar-me conta do artista atrás da música, através do Ragazzo. Philip Glass é um compositor americano considerado um dos mais influentes do século XX. Lógico que irei dá uma conferida e deixo o recado...agente se esbarra.

domingo, 4 de setembro de 2011

De volta ao antigo Recife Antigo

Tempo bom era no meu tempo, qndo ir para o Recife Antigo era fazer parte de um movimento que redescobriu Recife para o mundo. Tempo bom, era ir ao Recife Antigo pra ver Chico Science tocar com a Nação Zumbi. Ver Cordel do Fogo Encantado, fazer chover no Marco Zero. E Devotos do Ódio botar pra quebrar. Era poder ver um bairro que respirava cultura e encantamento. Que denunciava o que era ser Recifense. Era curtir um samba invocado e beber até de manhã sem ter que se preocupar com nada. De ver o sol dá "bom dia" no horizonte e só então poder ir pra casa; já não mais podia-se pegar o bacurau (ônibus), mas a primeira viagem do dia. Tempo bom era qndo o Recife Antigo não era só carnaval. 
Hj o Recife Antigo é isso mostrado no Jornal Nacional (vídeo), e digo mais, é isso e muito pior. Obrigado a incompetência do atual prefeito e do descaso do atual governador. O Recife Antigo, voltou a ser o que era no passado. Um local de marginais, drogas e prostituição.

sábado, 3 de setembro de 2011

Peito vazio

Hoje eu acordei saudoso. Saudade de tudo que me cerca e do qual ainda não me desliguei. Saudade do meu trabalho, que ainda hj pela manhã estive rapidamente. Saudade da forma como o sol bate no meu quarto e da luz bonita que fica. Do vento que sopra na janela mansinho e fresco. Saudade da rotina, do ritual de todo dia. Saudade dos amigos, do que já vivemos e até do que pretendo viver com eles ainda. Saudade da minha família. Dos que já passaram para o outro lado, ou mesmo daqueles que ainda estão tão próximos. Hj acordei como a música de Cartola, "Nada consigo fazer qndo a saudade aperta, falta-me a inspiração, sinto a alma deserta. Um vazio se faz em meu peito e de fato eu sinto no peito, um vazio...". Talvez seja por que esteja tão próximo de viajar (assunto para outro post) ou talvez seja só meus periódicos momentos de ostracismo. Só sei que hj eu tô com saudade. Saudade até de mim... não sei... só sei que é assim.

 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Explosão brega

Alguns dizem não suportar ouvir, outros adoram ouvir e aproveitam para fazer God e todo o resto do mundo escutar junto. O brega sempre foi um ritmo considerado do povão. Embora, não tenha raízes em Pernambuco, desde que é um ritmo que veio da região norte do país, o novo brega, tbm chamado de calypso, parece ter nascido em Recife. Melhor, o brega em Recife parece ter uma força inexplicável e como tudo que chega aqui leva logo estilo proprio, o brega em Recife é algo quase inato. A alguns anos imaginei que seria apenas mais um ritmo de verão que logo seria levado com as primeiras chuvas. Estava enganado. Cada dia uma nova banda surge e mais um hit entra sorrateiramente nas mentes mais vigilantes para ficar martelando durante todo o dia, parecendo mais uma possessão demoníaca. Comparo com o duelo das divas pop's, como Beyonce, Rihanna e todo o resto, que a cada dia lança mais um hit para continuar nas paradas de sucesso. As bandas de brega parecem competir para não serem esquecidas. O mais novo sucesso é "A mulher do patrão" de Mc Vertinho e Mc Dinho. Contudo, não se engane, daqui a cinco minutos essa já será tão old quanto Hello de Beyonce. A cineastra Hanna Godoy tentou mostrar o universo das bandas no documentário Explosão Brega. Uma materia sobre o documentário no Pernambuco.com, coloca que o documentário não tem a menor pretensão de parecer cult ou feito para um festival. Trata-se de um documentario pra galera ver seus artistas favoritos e curtir o som, embora o filme tenha qualidades culturais e esteticas para agradar tanto os amantes do brega quanto do cinema.