domingo, 30 de outubro de 2011

Snow and loneliness

Ontem amanheceu nevando. Estranhei o frio no quarto, maior que nos outros dias e ao levantar da cama e olhar pela janela deparei-me com flocos de gelo que caiam do céu. Foi a primeira vez que pude ver o fenômeno e fiquei encantado. O dia se arrastou frio e não tive coragem de pisar o pé na rua. Não nevou nem 1/3 do que costuma nevar aqui, mas preferi passar o dia em casa, curtindo uma comida quente, família e amigos pela internet. Hoje amanheceu mais quentinho e fui fazer algumas compras de supermercado. Quentinho é modo de dizer. Pra que vc tenha uma ideia, o frio era tanto que saia fumaça da minha boca. Aos poucos vou entrando no ritmo de vida daqui. E por incrível que pareça foi muito divertido a simples ida ao supermercado. A solidão começa a mostrar seu lado frio e sem graça. Hoje fazem uma semana que estou pelas bandas de cá e já pude experimentar tantos sentimentos diferentes. Com certeza os que menos gostei foi o sabor saudade e mais recentemente solidão. Durante a semana, tenho tantas coisas pra fazer, que nem dá tempo de pensar se estou só ou não. Contudo, final de semana a coisa complica. Como coloquei nos posts anteriores essa é uma importante oportunidade de crescimento pessoal. E tem sido. É curioso notar como cada dia descubro algo sobre mim, o qnto posso e o qnto ainda estou preso a conceitos e ideias. Ainda é cedo pra dizer, mas algo acontece no meu coração e nem preciso cruzar a Ipiranga com avenida São João. Ainda continuo na luta da comunicação, embora sinta que aos poucos fica fácil entender, embora não seja falar. Continuo achando graça das dificuldades e vejo em todas uma oportunidade de aprender. É lógico, as vezes bate um medo, a cabeça se nega a querer enfrentar as situações, mas o coração e a necessidade me empurram para elas. Enfim, é a vida. E ela as vezes é tão parecida com a que levava antes, quem nem dá pra se assustar tanto. 
Vou ficando por aqui, assim que tiver novidades volto... até breve

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vai levando

Eu estou fora do país, mas isso não implica que eu esteja fora de orbita. Logo, estou muito bem antenado com tudo que anda acontecendo no meu Brasil velho de guerra. 
Essa semana soube da queda do ministro dos esportes, Orlando Silva. Lendo um post publicado no Acerto de Contas, tenho que concordar com a opinião do Pierre Lucena. Na verdade, acredito que a imprensa no país hj ela tem um poder e um alcance que vai além do seu papel de informar. Talvez por isso mesmo, tramite algumas leis e medidas que tentam limitar o papel da impressa. O que lógico não estou de acordo. Orlando Silva é o 5º ministro a cair em 10 meses da "Presidente Lula", como foi referida essa semana pela apresentadora do Bom dia Brasil da Rede Globo.
 No lugar de Orlando Silva entra Aldo Rabelo que nem bem entrou já aparece denuncias de doações de campanha de empresas patrocinadoras da Confederação Brasileira de Futebol. Até a copa começar, essa pasta do ministerio não deve esquentar muito a cadeira, a dança será intensa. 

Ah, soube hj tbm que o Nanini saiu do armário. Mas que armário? Ele vivia em algum que eu não soubesse? Sempre soube que o Nanini era gay, e daí? Na boa, pq ele precisa "sair do armário" ou dizer aos quatro cantos do mundo que é gay? Não pode simplesmente ser gay e viver isso tranquilamente? Até entendo que o fato dele ser uma pessoa pública a mídia faça um certo carnaval no assunto e coloca sobre a classe (artistas) o fardo desnecessário de prestar contas da sua vida. No meu entender, ele só é um artista, por sinal um excelente ator e ponto final. O que ele faz e com quem ele se deita, não é da minha conta. Nem deveria ser da sua!

Ah e a lavagem de roupa entre o Zezé e o Luciano que deram um piti em cima do palco, durante um show da dupla. Ainda é dupla?

Pra terminar, o advogado do empresário que usava lençol sujo dos USA para fazer forro de bolso de calça, disse que o cliente dele foi enganado. Que não havia sido isso que ele importou, tanto que mandou devolver para os USA dois contêineres. Esse povo pensa que engana quem?

Enfim, tá tudo normal na minha terrinha... Por sinal alguém viu o Pan? 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Much more

Ontem sai pela manhã para reconhecer o local. Não fui muito longe, coisa de 30 min andando. Poderia tomar um ônibus, mas acredito que vc só conhece um local se sair andando. Tentando buscar informações com as pessoas, enfim. Coloquei minhas botas, camadas de roupas e fui andar. Nem precisava de tantas camadas assim, o sol aqui é tímido, mas dá pra aquecer. A temperatura fica sempre nos 15-16°C, agradável, nada que um casaco não resolva. Com o tempo irá esfriar mais, mas isso é lá pra frente. Depois que cheguei aqui, comecei a perceber que vale muito mais a pena viver a vida um dia de cada vez. Logo, por hj faz frio, amanhã é amanhã e isso se resolverá amanhã. Só qndo vc sai de sua zona de conforto é que começa a dá mais valor a certos detalhes. A ver que esses detalhes não existem na sua vida por obrigação. Não sei se me faço entender, mas por hora digo apenas que não nos damos conta de que tudo é oportunidade. Meu desespero maior no momento é entender melhor as pessoas e me fazer compreensível. As vezes a comunicação se faz muito mais intuitiva do que por formações de sentenças e frases. De algo que me falam tento captar a ideia, verbo principal, situação do momento, pronto. Nem sempre essa formula dá muito certo, mas adaptação é isso. Nada contra e muito menos estou aqui pra levar a falência os cursos de inglês. Contudo, cursinho de inglês é bom pra te encher de vocabulário, mas não te ensina a falar inglês. Falar inglês é muito mais do que simplesmente articular e lembrar das regrinhas gramaticais do cursinho. Isso é só o começo do começo da base. Por enquanto estou rindo da situação, acho engraçado qndo tento dizer algo totalmente desconexo ou qndo as pessoas tentam falar algo e vão mudando a entonação da voz ao perceber que não estou conseguindo acompanhar o raciocínio delas. Espero q qndo chegar a hora que não veja mais graça na situação, já esteja no estagio de comunicação fluente. Americano é uma graça, compra milk fat free e se empanturra de sugar, comida congelada e o suco de laranja. PQP...vai tomar suco de laranja assim lá em Sairé. Devo com certeza conseguir ou alguns quilinhos ou um triglicerídeo acima dos limites normais. Se eu não voltar mais gordinho, desisto de mim. Pra terminar esse diário de Lucas Silva e Silva falando diretamento do mundo da lua, não posso deixar de colocar a questão saudade. Saudade tem pra mim, aqui, outra conotação. Não sinto saudade só da família, e lógico do Ragazzo, mas é de tudo. Sinto saudade da minha vida. But, all is opportunity and this moment is a important opportunity, much more personal than profissional.    

domingo, 23 de outubro de 2011

First impression of earth

Agora não tem mais chororo, nem chorumelas, já estou em terra do Tio Sam. A viagem foi passable. Isso porque foram nada mais que três conexões. Meus ouvidos já estavam quase esbugalhando-se devido a pressão atmosférica em cada vez que o avião iria pousar, tanto que ainda estou um pouco surdo. No entanto foi tudo mais tranquilo que eu poderia supor. Confesso que fiquei espantado com minha serenidade e parcimônia diante do fato. Parecia que já tinha viajado inúmeras vezes para fora, que meu passaporte estava recheado de carimbos de entradas e saídas. Embora, sereno, era visível que estava nervoso. A parte ruim é saber que deixei a bad taste in mouth daqueles que amo e que foram se despedir de mim no aeroporto. Soube ontem que o Ragazzo não aguentou ver o avião pegar voo, foi embora pra casa de coração apertadinho, se acabando de chorar dentro da condução sob olhares curiosos. Pior, foi que tbm chorei muito antes de embarcar.
São Paulo tava frio, tomando por referencial o local de onde partir. Miami, estava bom o clima, agradável, já meu destino final, Pittsburgh, que frio da gota serena... eita frio da molesta dos cachorro doido. Menino, é um frio que entra nariz a dentro e resseca tudo e sai descendo garganta afora. Engraçado foi escutar que estava quente para muitos. No vôo Miami-Pitt qndo o piloto disse a temperatura media de 53°F (13°C) notei um efusivamento em todos. Compreensivel, aqui já soube que a temperatura está baixando dia a dia e que breve fará 25°F (-3°C). Não posso deixar de dizer qnto tudo aqui é bonito. Devo ir hj conhecer melhor a cidade onde foi gravado o seriado Queer as folk. Comunicação é algo complicado ainda, mas é possível chegar a algum entendimento. Por exemplo, ontem foi uma graça, a recepcionista da pousada ao fazer meu check in ficou tão desesperada pra poder se comunicar comigo que ela virou a tela do computador pra mim, acessou o Google tradutor e começou a escrever. Não me aguentei e me estorei numa gargalhada... Great!  Contudo, aqui é uma cidade tipicamente universitária e tem gente de todo canto, logo meu inglês pode ser não tão bom, mas tem gente com inglês muito pior. Essas são minhas primeiras impressões da Terra, breve trarei novidades... 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Intuição as avessas

Eu tenho um tipo de intuição as avessas pela qual não me deixo levar. Ela funciona mais ou menos assim: Existe uma festa para eu ir. No dia da festa, me bate um desanimo, uma morgação e fico achando que a festa vai ser um pé no saco, o pior investimento de tempo que poderia fazer. Mesmo assim, vou a festa. Para minha surpresa a festa é o que pode se chamar de "Que festa do caralho!". Divirto-me muito e não difícil, a festa entra para uma das melhores que eu já fui. O inverso também pode acontecer. Eu ficar muito instigado para ir a uma festa, achando que ela será bombante e pra minha frustração a festa é terrivelmente chata, no mínimo brochante (coloque-se esse brochante, no superlativo absoluto). Logo, toda vez que fico muito morgado ou sem vontade de ir ao uma festa ou viagem, já fico imaginando que ela poderá ser inesquecível.
Então, isso foi só pra explicar que desde julho que soube que faria uma viagem para os USA (até comentei aqui no blog). Falta só uns dez dias para que isso ocorra e acredite desde agosto que um desanimo, uma morgação abate-se sobre mim. Talvez muitos diriam: 
Vc é louco? Com uma viagem para os USA e tá achando ruim?
Se ainda fosse para Londres, Espanha, Portugal, Suiça, Australia...(rsrsrsrsrs).
É logico que não vou a passeio, vou a trabalho. Pior, com tudo pago e nestas circunstâncias, cavalo dado não se olha os dentes. Espero que minha intuição esteja querendo me dizer que essa viagem poderá se chamar de "Que viagem do caralho!". Uma coisa devo concordar com minha intuição, deixar as pessoas que amo aqui será bem mais do que brochante. Mas nesse caso não se trata de intuição, é uma questão de lógica.  

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Funk do "estudar pra que"

Não posso falar muito a respeito, mesmo porque não assisto novela. Sou a pessoa menos abalizada para falar sobre. Entretanto, a cena que assisti ontem na novela Fina Estampa do Aguinaldo Silva levou-me a inúmeras dúvidas e considerações. A cena era a de uma mãe em casa preocupada com a filha. A dita estava num baile funk preparando-se para se apresentar. A mãe chega no tal baile para procurar a filha, justamente na hora em que a mesma sobe ao palco e canta:
Eu odeio redação, mas rebolo até o chão. 
Não sou boa no estudo, tiro zero em quase tudo.
Reprovada no provão, tirei dez no popozão.
O Aguinaldo Silva está se utilizando do personagem para fazer uma critica ou trata-se de uma campanha da novela ao "estudar pra quê" ?
Confesso que eu mal acreditei qndo vi a cena. Pior foi ver a mãe toda orgulhosa de ver a filha no palco, dizendo ainda que ela tem talento. Ai vem a Secretaria de Politicas para Mulheres com estória de que a campanha da Hope feita pela Gisele Bundchen é uma afronta ao feminismo e estimula pensamentos sexistas. O dizer então de uma cena de novela, onde uma menina no alto dos seus 16-18 anos canta o funk do "estudar pra que"? 
Durma com um barulho desse!

domingo, 2 de outubro de 2011

Mais um corpo que cai

O que leva alguém a cometer suicídio?
Não me cabe aqui julgar, desde que tantos são os bichos de nos roem a alma e cada um sabe seu limiar de dor, seja ela física ou espiritual. O suicídio é um mal crescente e fez a Organização Mundial de Saúde colocá-lo como problema de saúde publica desde da década de 90. Visto que 20 a 60% de estudantes universitário têm tendência ao suicídio, cabe a admistração das universidades envolver-se mais em tais problemas.
Na semana passada uma jovem jogou-se do prédio de Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal de Pernambuco, já conhecido como "trampolim de filósofo". Essa fama não foi a toa, o CFCH já é bem conhecido por vez ou outra alguém jogar-se. Valse ressaltar que a quase um mês atras um rapaz também já havia se jogado. Em quatro meses já foram 3 suicídios. A universidade diante da fama do CFCH já havia providenciado a colocação de grades, mas nem isso impede que lamentáveis episódios como esse ocorram. Semana passada alguns estudantes foram cobrar providencias na reitoria. E cabe a reitoria se pronunciar diante dos ocorridos e não fazer silêncio diante dos fatos. Segundo relatos, a menina que se jogou caiu em uma via de grande fluxo de estudantes e na saída do Centro de Educação (CE). Não acho que faça parte do processo cognitivo, sair de uma sala de aula e se deparar com um corpo que acabara de se jogar do 14º andar, muito menos ter que andar nas proximidades do CFCH preocupado em se deparar com alguém se arrebentando no chão. Acredito que é preciso mais envolvimento de professores e estudantes no assunto. Tratar o problema com mais encorajamento por parte de toda a comunidade universitária na tentativa de minimizar fatos como esse. Fazer silêncio é uma posição preconceituosa e não resolverá o problema.